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Urologia

Muitas das disfunções urológicas como incontinência urinária, urgência miccional, cistite intersticial e infecção urinária de repetição estão relacionadas a alterações na micção. A micção é promovida e controlada, basicamente, pela interação entre sistema nervoso, bexiga e músculos do assoalho pélvico (responsáveis pelo fechamento dos esfíncteres); deficiências nessas estruturas e na interação entre elas podem levar às disfunções citadas à cima.

Fatores de risco como cirurgia de próstata no homem, gestações, partos e menopausa nas mulheres, além de idade, obesidade, diabetes, hábitos de vida podem favorecer o aparecimento de disfunções urológicas.
A fisioterapia quando realizada de forma eficaz, é uma das principais opções de tratamento para as disfunções urológicas. Isto porque apresenta resultados cientificamente comprovados, baixo risco de efeitos colaterais e não interfere em tratamentos subsequentes. Conheça um pouco mais sobre algumas das disfunções tratadas pela fisioterapia abaixo e converse com o seu médico. Não deixe de procurar ajuda, podemos fazer mais por você!

Incontinência Masculina

Incontinência urinária é definida como qualquer perda involuntária de urina. Pode resultar de múltiplos fatores que afetam o trato urinário inferior e/ou os músculos do assoalho pélvico. Três tipos principais de incontinência urinária podem ser identificados: incontinência urinária de esforço, definida como a perda involuntária de urina ao esforço, tosse ou espirro, incontinência urinária de urgência caracterizada pela perda de urina acompanhada ou precedida por desejo incontrolável de urinar, e a incontinência urinária mista, caracterizada pela combinação dos sintomas anteriores.

Em homens, a causa mais comum de incontinência urinária é a cirurgia de prostatectomia radical, tratamento comum no câncer de próstata. Atualmente, com excelentes resultados, o principal tratamento conservador para a incontinência urinária masculina é a fisioterapia. Isso porque após a cirurgia, a reabilitação dos músculos do assoalho pélvico se torna um ponto importante do tratamento já que estes músculos se tornam um dos principais responsáveis por manter a continência urinária em homens pós prostatectomizados.

Incontinência Feminina

Incontinência urinária é definida como qualquer perda involuntária de urina. Pode resultar de múltiplos fatores que afetam o trato urinário inferior e/ou os músculos do assoalho pélvico. Três tipos principais de incontinência urinária podem ser identificados: incontinência urinária de esforço, definida como a perda involuntária de urina ao esforço, tosse ou espirro, incontinência urinária de urgência caracterizada pela perda de urina acompanhada ou precedida por desejo incontrolável de urinar, e a incontinência urinária mista, caracterizada pela combinação dos sintomas anteriores.
Vários fatores podem contribuir para o surgimento ou agravamento da incontinência urinária em mulheres como idade, menopausa, peso, número e tipo de parto (normal ou cesária), estilo de vida e estes fatores podem coexistir em uma mulher.

O tratamento fisioterápico é indicado por convenções internacionais como o primeiro recurso para tratamento de incontinência urinária tanto de mulheres quanto de homens porque oferece baixo risco de efeitos colaterais, eficácia comprovada e não interfere em tratamentos subsequentes. Esta terapêutica, de forma simplificada, se baseia no treinamento dos músculos da região do períneo, responsáveis por manter a continência, e na reabilitação da bexiga.

Urgência Urinária

A urgência urinária ou miccional é um sintoma caracterizado por uma vontade frequente, súbita e difícil de adiar de urinar. Geralmente ela não vem isolada mas em conjunto a outros sintomas, compondo a Síndrome da Bexiga Hiperativa. Nesta síndrome a urgência miccional  usualmente é acompanhada por frequência urinária aumentada, perda urinária e noctúria (levantar à noite para urinar). São sinais que a pessoa está sofrendo de urgência miccional: sentir vontade forte de urinar ao mexer com água, no frio, quando está mais ansioso ou nervoso, ao se aproximar do banheiro, levantar várias vezes à noite para urinar, ir ao banheiro várias vezes ao dia, evitar sair de casa por medo de não encontrar um banheiro fácil. A fisioterapia apresenta excelentes resultados no tratamento da urgência miccional; técnicas como o treinamento comportamental, o treinamento dos músculos do assoalho pélvico e a eletroterapia contribuem para o sucesso do tratamento.

Retenção Urinária

Retenção urinária é a incapacidade de esvaziar completamente a bexiga após urinar. Esta retenção leva a uma sensação de esvaziamento incompleto da bexiga e como consequência mais grave favorece a ocorrência de infecção urinária alta. Casos em que a retenção é completa o paciente pode sentir dor e uma incapacidade de urinar, mesmo ao esforço. A fisioterapia, a partir de uma avaliação criteriosa das causas e impactos da retenção urinária em cada indivíduo, pode contribuir para a recuperação de uma micção efetiva ou para reduzir a frequência de sondagem vesical. Usando de técnicas específicas de treinamento muscular, treinamento vesical e manobras de esvaziamento a fisioterapia pode trazer conforto, segurança e qualidade de vida ao paciente que apresenta retenção urinária.

Infecção Urinária de Repetição

Infecção do trato urinário é diagnosticada baseado em achados microbiológicos que evidenciam bacteriúria e piúria significantes acompanhados por sintomas como aumento na sensibilidade vesical, urgência urinária, frequência urinária aumentada, dor para urinar, dificuldade para urinar e/ou incontinência urinária. Geralmente entende-se por infecção urinária de repetição aquela que acontece 3 ou mais vezes ao ano. A fisioterapia pode ser uma grande aliada no tratamento da infecção urinária de repetição. Com técnicas de treinamento muscular, reabilitação vesical, mudança comportamental e manobras de esvaziamento, a fisioterapia pode melhorar a função urinária e reduzir resíduos pós miccionais favorecendo a não recorrência da infecção.

Cistite Interstical

A síndrome da bexiga dolorosa ou cistite intersticial é caracterizada por dor vesical e ou pélvica relacionada a sintomas urinários, na ausência de infecção urinária ou outra patologia. Essa condição clínica engloba sintomas como urgência miccional, aumento da frequência urinária diurna e noturna, dor na bexiga, dentre outros. Atualmente, técnicas conservadoras usadas por fisioterapeutas como treinamento muscular, treinamento vesical, liberação miofascial e tens, vêm sendo incluídas como terapêutica coadjuvante, por apresentarem resultados promissores na melhora da sintomatologia e no ganho de qualidade de vida, sem efeitos colaterais.

Bexiga Neurogênica

Bexiga neurogênica se refere à disfunção da bexiga devido a doença do sistema nervoso central ou nervos periféricos envolvidos no controle da micção. A bexiga neurogênica pode ser hipoativa (incapaz de se contrair, não esvaziando adequadamente) ou hiperativa (esvaziando por reflexos incontroláveis). Complicações como infecções urinárias e incontinências urinárias são comumente observadas em pacientes que apresentam bexiga neurogênica.
A fisioterapia apresenta resultados animadores no tratamento dos sintomas da bexiga neurogênica. Com técnicas como o treinamento muscular, a reabilitação vesical, a mudança comportamental e as manobras de esvaziamento, a fisioterapia pode melhorar a função urinária, reduzir resíduos pós miccionais, frequência de cateterismo, episódios de incontinência e urgência miccional.